Na manhã deste domingo (08), o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Amapá (OAB-AP), Israel da Graça, participou de um dos momentos mais simbólicos do Ciclo do Marabaixo 2025, no tradicional bairro do Laguinho, em Macapá. A programação, de forte valor religioso e cultural, reafirma a importância das manifestações afro-amapaenses na preservação da identidade local.

Acompanhado de sua esposa, Danielle Reis, membros da Comissão da Verdade sobre a Escravidão Negra no Brasil, e do advogado e fundador da UNA (União dos Negros do Amapá), Paulo José, o presidente esteve presente na Santa Missa realizada na Igreja de São Benedito — santo de devoção central nos festejos do Marabaixo. Em seguida, o grupo seguiu em procissão até o Barracão da Tia Biló, ponto de referência das tradições do marabaixo no Laguinho, onde acompanharam a apresentação de cânticos e toques de caixa por membros da família Ramos, guardiões da cultura marabaixeira.

Em sua fala, Israel da Graça destacou a importância da valorização das tradições que formam o tecido social e histórico do povo amapaense:
“É fundamental reconhecermos e celebrarmos nossas raízes, nossa cultura e a resistência que nos trouxe até aqui. O Marabaixo é a expressão viva da luta e da fé de um povo. Vamos juntos celebrar nossas raízes, tradições e identidade”, acrescentou.

O Ciclo do Marabaixo é uma das mais significativas manifestações culturais do Amapá, com raízes profundas na ancestralidade africana e nas práticas religiosas das comunidades negras. Todos os anos, entre abril e junho, barracões tradicionais de bairros como Laguinho e Favela promovem missas, ladainhas, cortejos, danças e celebrações em homenagem a santos católicos como São José, Sant’Ana e São Benedito. Além da religiosidade, o evento homenageia os heróis anônimos que ajudaram a construir a história do Amapá e a preservar a cultura afro-brasileira na região.

A presença de autoridades como o presidente da OAB-AP evidencia a crescente valorização institucional das expressões culturais de matriz africana, contribuindo para o fortalecimento da memória coletiva e o reconhecimento da importância histórica dessas tradições para o povo amapaense.

Assessoria de Comunicação – OAB-AP
Clay Sam
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